Nossas luzes na penumbra: potência feminista e urgências destituintes
Alondra Carrillo Vidal y Javiera Manzi Araneda
Tradução Larissa Drigo Agostinho
Antes de 8 de março de 2019 e a imagem que cristalizaria os longos dias de trabalho, diálogos exaustivos, múltiplas articulações e noites de insônia comum, a reação mais recorrente que encontramos quando levantávamos a ideia de uma greve geral feminista foi a incredulidade. Não é de estranhar. Falávamos de greve para paralisar trabalhos que nunca tinham sido considerados como tal, falávamos de greve para nomear aquilo que apareceu como um desejo mesmo naqueles que pensavam que nunca seriam capazes de parar. Levantávamos este processo num país onde o direito à greve não existe devido às transformações neoliberais que o reduziram ao seu mínimo de expressão. Onde a expansão do trabalho precário e informal coloca um limite de entrada para as possibilidades de ação coletiva organizada, que poderia enfrentar os custos e tarefas de uma greve eficaz. Como poderia a reação ser outra além da incredulidade quando o reposicionamento deste instrumento foi levantado na chave de um processo do movimento feminista e não, como se poderia pensar, a partir das vozes historicamente autorizadas a nomear os instrumentos da classe trabalhadora? Nesta realidade, o apelo a uma greve geral feminista parecia uma quimera, um delírio ou simplesmente um ruído inaudível.
As milhares de nós que fizeram deste processo o nosso e o impulsionaram de todos os lugares, vendo-o multiplicar-se com a capilaridade própria do impulso feminista, avançávamos perante esta incredulidade tateando um terreno escuro. Fomos guiadas por uma espécie de convicção partilhada que nos levou a caminhar juntas, apoiadas por uma superfície que íamos sentindo, a cada passo, suficientemente firme. Um apoio produzido por todas as experiências históricas desta e de outras latitudes sobre as quais repousava a certeza da nossa aposta, como expressão de uma vontade que era, por sua vez, expressão de uma necessidade e de um desejo, de um pensamento coletivo em pleno processo de desdobramento.1
A forma assumida pelo apelo a uma greve no nosso país teve, desde o início, um tom singular que hoje atravessa as caracterizações que se desenvolvem noutros territórios. É a particularidade de concebê-la como geral e feminista e assim deslocar a chave instalada até agora noutros países sob a forma da greve nacional das mulheres. Esta particularidade deve-se em parte às condições excepcionais de falar em greve num território como o nosso, o que transformou o apelo num paradoxo necessário que desafiava a lógica imediata e nos dava a oportunidade de distorcer o seu significado restritivo. Dizíamos assim: “Vamos entrar em greve num país que nos nega esse direito, para recuperar e reinventar esta ferramenta crucial na luta política por uma vida diferente”.2 Foi precisamente este paradoxo que nos levou a dizer que para recuperar esta ferramenta era necessário que a greve não fosse uma coisa só: a greve devia conter múltiplas formas de mobilização e abarcar as realidades a partir das quais se pudesse pensar nossa participação, com toda a radicalidade que fosse possível. Foi por isso que inventamos mais de 100 formas de fazer greve, fazendo ecoar a criatividade e imaginação anteriormente utilizadas em lugares como Espanha e Argentina. Greve geral feminista através da greve do consumo, a greve dos cuidados, a greve efetiva e o desenvolvimento contínuo de um dia de protesto. A greve, em suma, como uma interrupção da normalidade, dessa normalidade que reivindicamos desde o início como o problema e cuja contestação encontraria o seu eco, mais tarde, nos muros da revolta.
Porque não nos interessava a possibilidade de sermos substituídas durante esse dia no inesgotável circuito da exploração, produtiva e reprodutiva, e porque íamos falar de tudo e expressar nossa força por toda parte, chamávamos esta greve de greve geral. E chamamos-lhe ao mesmo tempo geral e feminista, para além da aparente contradição que isto apresenta a algun*s, porque seríamos mulheres e dissidências – lésbicas, trans, travestis, não binári*s -, que protagonizariam este chamado dirigido à sociedade como um todo. Apresentaríamos o programa contra a precarização da vida que construimos em conjunto no primeiro Encontro Plurinacional de Mulheres que Lutam.3 Uma reflexão feminista que, ao ser transversal nas orientações e exigências dos movimentos sociais, fez das nossas vidas, diversamente situadas e atravessadas por complexos de múltiplas violências, um problema político.
A centralidade da noção de precarização da vida surgiu quando analisávamos o fato de que, após anos de mobilização feminista, estávamos inscritas numa narrativa que nos narrava como vítimas da violência que tínhamos denunciado e gritado em alto e bom som, esgotando assim a nossa capacidade de falar de nós mesmas. Com a intenção de sair desse lugar, em janeiro de 2018, nos convocamos para passar para a ofensiva como sujeitas políticas. Nos chamávamos para falar de toda a nossa vida, e de como a violência patriarcal é inseparável e incompreensível fora de todas as condições dessa vida que queríamos mudar em sua totalidade. A precarização de um sistema de saúde público em colapso e subfinanciado, e de um sistema de saúde privado controlado por empresários fundamentalistas que nos negam o direito de decidir sobre os nossos corpos e vidas; da impossibilidade permanente e crescente de aceder à habitação; do trabalho precário e flexível como resposta neoliberal a nossa “integração” no mercado de trabalho; de um extrativismo predatório que persegue e assassina aqueles que lutam, que nos obriga a migrar dos nossos territórios ou a viver expostos à poluição e aos seus efeitos na vida das nossas comunidades; de um sistema de aposentadoria concebido para a especulação financeira, estruturalmente cego ao trabalho reprodutivo, de criação de filhos e de cuidados; de uma legislação migratória racista que cria terrenos de absoluta vulnerabilidade e falta de proteção; de laços pessoais impossíveis de desfrutar, devido à falta de tempo e espaço para partilhar a própria vida, devido à perseguição lesbofóbica, devido aos imperativos binários que “rigidificam” nossas formas de desejar e habitar o mundo; enfim, estas e outras múltiplas formas de violência que estruturam as nossas vidas e que só se tornam mais pronunciadas com o tempo. Esta rede subterrânea, que é inevitavelmente visível como resistência e limite da nossa ação contra a violência patriarcal, chamamos de precarização da vida. Nos propusemos lutar contra ela, através da greve como um processo, e assim abrir um novo momento na história do nosso país, em sintonia com o ápice histórico que vimos abrir-se em todo o mundo num cenário de crise global. Uma crise que, sabíamos, só iria agravar-se.
A revolta dentro da revolta: o feminismo e urgências destituintes
No início da semana dessa primeira greve do 8M, no início da manhã de segunda-feira 4 de março de 2019, centenas de mulheres e dissidências realizaram uma ação que ficaria marcada na memória coletiva. Coordenadas e movendo-nos mais uma vez como um só corpo, interviemos na rede do metrô de Santiago para fazer aparecer, sobre ela, uma nova rede articulada com a memória daquelas que nos precederam. Muitas e ao mesmo tempo, mudamos os nomes de mais de 50 estações de metrô, encontrando confiança em nós mesmas e na nossa capacidade de intervir numa cidade que não nos nomeia. Hoje, ao olharmos para esse momento, irreversivelmente atravessadas pela experiência da revolta popular, salta aos olhos a reiteração do metrô como um lugar onde se encena a imagem que condensa o gesto de rebelião que precede o momento do estalo. Todas e todes nós irrompemos no espaço público com uma memória viva: a de sindicalistas, trabalhadoras feministas do pampa do salittre, defensoras da terra, da água e das sementes, travestis, artistas, intelectuais, guerrilheiras, mapuches, periféricas. Essa nossa aparição pública foi a imagem condensada que antecipou o 8 de Março, quando se realizaria a maior mobilização do período pós-ditadura no Chile. Pouco tempo depois, em outubro, os estudantes secundaristas abriram caminho entre as grades de uma estação de metrô, saltando por cima das catracas, passando por baixo delas e fazendo aparecer uma imagem que era o antecedente do salto destituinte da revolta.
Nos primeiros dias do estalo, as ruas e muros de Santiago e as diferentes cidades e vilas do Chile sofreram uma mudança de pele. Os muros que costumavam sustentar o mandato higiénico do apagamento permanente de todas as intervenções de rua foram inundados de pixos de diferentes cores e formas que partilhavam a expressão mais intensa de um momento de negação coletiva. As caligrafias anónimas cobriram as paredes de bancos, instituições públicas, farmácias, empresas, universidades e paredes com a necessidade certeira de dizer não muitas vezes e de todas as formas possíveis para uma normalidade que nunca foi desejada e que foi sempre o problema. Espalhou-se como um contágio latente a partir da palavra de ordem aberta pelo “Não +” e da multiplicidade das suas dotações: “Não + abusos”, “Não + repressão”, “Não + mortes”, “Não + educação de mercado”, “Não + TPP11”, “Não + medo”, “Não + sexismo na educação”, “Não + impunidade”, “Não + dívidas”, “Não + feminicídios”. Este foi também o eco de um momento anterior, quando em 1983, dez anos após o golpe de Estado, o Colectivo de Acciones de Arte (CADA) fez o seu primeiro apelo à “Ação Não +”, fazendo surgir os gritos afogados pela censura e repressão do regime que antecipava a ruptura que viria com os dias de protesto nacional. No meio da explosão, os “não +” voltaram a emergir e a prefigurar o desejo de uma outra vida, de uma vida sem medo, de uma vida melhor.
Este momento destituinte desencadeou a ofensiva não só sobre o presente, mas também sobre as continuidades da violência colonial na cidade. Destituir tomou essa forma material do colapso de uma história patrimonializada em monumentos de invasores e patriarcas. Cristovão Colombo em Arica, Pedro de Valdivia em Temuco, Francisco de Aguirre em La Serena, entre outras estátuas, caíram como parte de um acontecimento poético e épico da potência descolonizadora da revolta. Derrubar estes símbolos da ordem, que se acreditavam imperturbáveis, foi uma das mais poderosas demonstrações da irreversibilidade deste momento. As cidades nunca mais voltariam a ser as mesmas.
O que estava em curso, mesmo antes da revolta de sexta-feira, 18 de outubro, é a potência daquilo a que chamámos um momento destituinte. Pular a catraca tornou-se uma imagem que transformou a desobediência civil de secundaristas, frente ao aumento no preço dos transportes públicos, num acontecimento político popular do qual tod*s nós fizemos parte. E da mesma forma que os pixos carregavam o fio de uma poética insurgente, os spots televisivos já mostravam a transversalidade da contestação iminente. Talvez uma das mais eloquentes seja aquela feita no contexto de um programa matinal de televisão por uma vizinha da estação de metrô da Plaza de Maipú: “Não concordo que digam que isso é vandalismo. Isso não é vandalismo. As pessoas protestam porque não podemos aceitar mais roubos. Roubam na AFP4, na água, na eletricidade e, para além disso, nas tarifas. Durante todo o ano, as tarifas estão aumentando. Somos cidadãos idosos e não temos dinheiro para pagar tanto em passagens. Por isso, digo isso” 5.O que apareceu então foi uma virada radical na chave da luta de classes em relação às políticas setoriais e orientadas que a transição tinha instalado para resolver exigências específicas, ajustamentos médios e desafios parciais com reformas limitadas e sustentadas num modelo subsidiário. Como se de repente tivesse se tornado cega quanto à distância entre as suas políticas direcionadas e a pulsação crescente de toda a nossa vida e da sua potência cada vez mais imparável, a ministra dos transportes declarou em 15 de outubro, sobre os estudantes: “Eles não têm argumento, a tarifa não aumentou para eles”. O Subsecretário do Interior, com a mesma aparente cegueira declarou: “Surpreende-me porque a tarifa do metrô não subiu para os estudantes, e eles tomam essa causa como uma forma de protesto”.6 A resposta mais contundente pôde ser vista nas mesmas estações, onde contra todas as probabilidades, a reação aos dias de evasão maciça, fortemente reprimida, foi a entoação multitudinária de um canto de outros tempos que mais uma vez soou com uma atualidade inesperada: “O povo unido, nunca será derrotado”. Nunca foram 30 pesos.
A rejeição das condições precárias do presente e a incerteza geral diante um futuro sustentado pela dívida e pelo crédito fez parte deste primeiro impulso da irrupção. Os Não+ espalharam-se como os vestígios de uma inundação irreversível, o que, nas palavras de Sarah Ahmed, mostra a intensificação de algo que nada mais é do que essa insistência que é muito característica do feminismo onde o não, sabemos bem, é um trabalho político. Mais uma vez temos a necessidade de dizer não várias vezes, até mesmo de dizer “Não é não”, como gritamos para afirmar o lugar da nossa vontade diante do abuso. Dizer não a uma forma de vida para destituí-la, para destituir a repressão policial e a perseguição do Estado, destituir a governabilidade neoliberal, a normalidade de transição e a tecnocracia como administração do mesmo, destituir enfim a precarização das nossas vidas e todas as violências que atravessam nossos corpos. Destituir é necessariamente imaginar outro possível e começar a constituir as suas, as nossas formas no processo.
Nossas formas, aquelas que tínhamos experimentado e ensaiado durante os últimos anos, arrebentaram como uma síntese histórica num momento crucial do estalo. A potência feminista reverberou como uma revolta dentro da revolta na sexta-feira, 29 de novembro, quando nos convocamos a partir de diferentes territórios para replicar por todas as partes a performance: “Un Violador en tu Camino” (Um estuprador em seu caminho) pelo coletivo LasTesis. Nesses dias, a incerteza sobre o futuro do protesto surgiu como uma preocupação intransponível: “O que viria a seguir?” E foi então aquele tremor do asfalto quente com o coro retumbante de centenas de mulheres e dissidentes gritando em uníssono “o estuprador é você”, dançando “e não foi culpa minha, nem de onde eu estava, ou de como estava vestida”, e apontando os responsáveis pela violência política sexual, “foram os policiais, os juízes, o presidente”, o que nos trouxe mais uma vez a certeza. A certeza de que não voltaríamos a nos calar, nem deixaríamos que passasse para um segundo plano a urgência de deixarmos de viver sob o signo da violência e sob o jugo do imperativo de vivê-la como um assunto privado. A transformação radical das chaves da política trouxe consigo, para nós, a necessidade urgente de que a experiência que nos tinha mobilizado, neste momento crucial de abertura, tivesse o seu devido lugar. E foi com essa potência do inescapável que mais uma vez fizemos aparecer a força da nossa ação política como uma presença, como uma denúncia, como um grito de guerra.
Já passaram quatro meses desde que explodimos, e parece-nos necessário reafirmar a qualidade destituinte da revolta popular. Nisto reside a sua potência como um momento de imaginação radical que, longe de antecipar respostas ou encerramentos pré-estabelecidos, abriu e continua a abrir cursos inesperados sobre as formas de fazer política e de sustentar a vida. O político expande-se assim como uma atividade que toma conta das ruas e praças, os espaços de deliberação são intercalados com redes de cuidados, a elaboração de reivindicações e propostas já não é tarefa dos iluminados ou do congresso, é tarefa das vizinhas e vizinhos, das camaradas de marchas, da linha da frente, de sindicalistas, secundaristas, periféricas e de tant*s amig*s que aprenderam a conhecer-se e a construir em conjunto nestes quatro meses de revolta. É por isso que insistimos no destituinte, devido à necessidade de manter esta diferença após o acontecimento de outubro, face à repetição da mesma coisa que no Chile conhecemos muito bem como “a medida do possível”.
As nossas luzes no crepúsculo
As chaves em que se desenvolveu o debate político no nosso país deslocaram a ênfase para os desafios constituintes da revolta; como feministas, temos feito parte dessa reflexão e desse debate em múltiplos espaços. Contudo, estamos interessadas aqui em revelar este desejo destituinte, que muito rapidamente se tornou uma das questões que as pessoas tentaram sufocar e substituir por propostas que poderiam “conduzir” as “exigências” da revolta de uma forma afirmativa. Diante desta tendência, encarnada por vários atores sociais que viram nesta “pura negatividade” uma falha a ser resolvida pelas “claridades” de uma orientação política “séria”, como feministas opusemos uma leitura diferente: a necessidade de contribuir para continuar a fazer avançar este poder negativo que permitiu aprofundar a abertura histórica que constitui este momento. Contra aqueles que nos pediam para esvaziar as ruas para demonstrar esta suposta “liderança e disciplina”, falou a indiscutível realidade de 25 de outubro, quando milhões de nós saímos para encher as ruas a partir da Plaza de la Dignidad. Foram esses momentos que nos permitiram avançar pronunciando um NÃO retumbante que foi, no entanto, ao mesmo tempo, tudo menos uma desorientação, mas como noutros momentos que protagonizamos, uma luz própria. A demonstração da nossa potência procurando os caminhos pelos quais conduzir a sua força, sem que ninguém pudesse dizer até onde poderíamos chegar se continuássemos insistindo na nossa determinação comum de nos rebelarmos.
Em 15 de novembro, foi assinado no nosso país um Acordo para a Paz Social e a Nova Constituição. No meio de um cenário de terrorismo de Estado, esse pacto político foi estabelecido entre vários setores do parlamento7 que manifestaram assim a sua vontade de apoiar o governo criminoso de Sebastián Piñera8,em troca da possibilidade de reescrever a Constituição da República. Perante esta busca na qual estávamos imersas, perante esta exploração que nos fornecia as nossas próprias orientações, o Acordo era como apagar a luz. Este blackout foi seguido de uma exposição no próprio terreno da imagem: a Plaza de la Dignidad coberta por um manto branco, como o eco sinistro das operações de limpeza da ditadura. Uma ação concertada e contínua por parte da imprensa que exprime sem falhas os efeitos do seu monopólio. Uma política legislativa apoiada por quase todos os setores envolvidos na política institucional, para cerrar fileiras em sua própria defesa e garantir a plena legalidade da perseguição política. A intenção deliberada de nos devolver uma imagem opaca na qual não podemos nos ver, de nos confundir, de nos fazer hesitar, recuar e de nos obrigar a respeitar as novas condições do possível.
Felizmente, as feministas já tinham caminhado tateando no escuro. Tínhamos ensaiado a confiança nos passos que damos assim, no escuro, sem qualquer feedback a não ser a sonoridade das nossas próprias vozes que nos orientam na escuridão. Tínhamos descoberto a potência de acender as nossas próprias luzes que nos permitiriam traçar os contornos do nosso corpo coletivo. Podemos reconhecer esse trajeto no qual estamos nos constituindo como uma força e no qual estamos construindo novos horizontes políticos. Hoje, como fazemos parte de uma revolta em pleno andamento, podemos acender essas luzes fracas com as quais podemos nos ver, voltar a colocar a incerteza do que podemos fazer à nossa frente. Aquele tremor com que se antecipa a nossa iminente explosão pode ser o retorno da confiança de que precisamos urgentemente.
Agora que estamos juntas, agora que nos veem.
-
Coluna: “Este 8 de marzo la Huelga Feminista, ¡Va!” publicada em
The clinic online do dia 8 de Janeiro de 2019.↩︎
-
Ibidem.↩︎
-
Encontro que hoje se chama «Encuentro Plurinacional de las y les que Luchan».↩︎
-
As administradoras de fundos de pensão (AFPs) do Chile são instituições financeiras privadas encarregadas de administrar os fundos de contas individuais de poupança de pensão que foram implementadas durante a ditadura militar.↩︎
-
Intervenção no programa matinal “Bienvenidos”, durante transmissão ao vivo, na manhã do dia 18 de outubro de 2019.↩︎
-
Disponível em Véasehttps://www.elmostrador.cl/dia/2019/10/15/gobierno-cuestionaevasiones-masivas-de-estudiantes-en-el-metro-no-aumento-la-tarifapara-ellos/↩︎
-
Que tem hoje uma taxa de aprovação de 2% da população.↩︎
-
Que conta, até o momento, com cinco relatórios de missões de direitos humanos que demonstram a violação sistemática dos direitos humanos no contexto da revolta.↩︎